Conversa com António Alves – guião


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O próximo podcast será com António Alves, uma pessoa que tem demonstrado o seu conhecimento sobre o sector ferroviário de forma bastante expressiva em variados artigos nos blogs Baixa do Porto, Norteamos e Maquinistas.

A minha ideia é, genericamente, rever um pouco as suas opiniões, bem como alguns posts relacionados com este tema que encontrei nestes e outros blogs, tentando limitar-me ao “mundo” ferroviário (e metro) do Norte, considerando Norte a região de Viana do Castelo a Aveiro, do Porto até Bragança.


1. conceitos
conceitos alta velocidade / tgv – http://www.porto.taf.net/dp/node/723
conceitos bitolas e sua importância
que outros conceitos importantes devemos conhecer?
“será em bitola ibérica e uma linha equipada com cantonamento automático com bloco orientável e comando centralizado de tráfego suporta facilmente 20 movimentos por hora em cada sentido sem qualquer problema de segurança nem congestionamentos”
http://norteamos.blogspot.com/2007/12/redundncias.html?showComment=1197484740000#c4750711685094807077
Linha bi-bitola?
http://norteamos.blogspot.com/2008/10/linha-bi-bitola.html

2. relação com Espanha
perceber de que forma os investimentos que Espanha tem feito influenciam ou devem influenciar os nossos investimentos
Plano Estratégico de Infra-estruturas Espanhol
visão tgv espanhola – http://norteamos.blogspot.com/2008/06/gato-por-lebre-ii.html

3. caracterização do sector
acho que era interessante ter uma panorâmica mais concreta do que é este sector. se toda a gente for como eu, provavelmente acha que os comboios são praticamente só para passageiros e são acima de tudo um buraco financeiro. acho que era importante perceber aquilo que me parece que são 2 negócios bastante diferentes o sub-urbano vs longo-curso e a questão passageiros vs mercadorias. que valores movimenta cada um destes negócios e como compara com os concorrentes (principalmente rodoviário). não precisa de ser nada exaustivo mas só para todos termos o mesmo quadro mental quando falamos genericamente de comboios.

4. gosto muito da sua perspectiva de reaproveitar infraestruturas já existentes. acho que qualquer pessoa sensata percebe que deve pelo menos ser uma opção a considerar. assim gostava de rever aquilo que já existe e/ou que está a ser subaproveitado… daquilo que li para preparar a conversa contigo já percebi que existe o ramal da alfândega e de leixões. quais são as características, porque te parece que não foram utilizados? que outras linhas existem subaproveitadas?

5. metro do porto
ligação à trofa em metro, faz sentido? não é repetição da ligação à póvoa?
utilização de infraestruturas existentes
http://www.porto.taf.net/dp/node/4519
“A Linha de Leixões e a proposta governamental de expansão da Rede de Metro”
http://norteamos.blogspot.com/2007/12/redundncias.html
=> A circular externa já existe: é a Linha de leixões!
Meia decisão correcta
http://norteamos.blogspot.com/2008/09/meia-deciso-correcta.html
http://www.porto.taf.net/dp/node/711
De: António Alves – “Linha de Leixões: O anel estruturante para a Rede de Metro do Porto”

6.ligação aeroporto
http://norteamos.blogspot.com/2008/01/integrao-do-asc-na-futura-linha-de.html
http://norteamos.blogspot.com/2008/01/integrao-do-asc-na-futura-linha-porto.html
A integração do ASC na futura Linha de Velocidade Elevada (LVE) Porto-Galiza através da Linha de Leixões
http://www.maquinistas.org/alves/asc_via_leixoes.pdf

7. ligação porto-braga-vigo
como desde outubro que sou utilizador quase diário da ligação porto-braga tinha uma curiosidade pessoal em perceber porque razão a ligação é tão demorada…
gostava também de saber o que pensa da proposta porto-braga 40 minutos – http://bragaporto40minutos.blogspot.com/
continuando agora para norte para vigo acho que fazia sentido rever o que está proposto a nível do que vai ser realmente o serviço… eu pelo menos sei que quando me falam em tgv a imagem a que associo logo é ao tgv francês… mas não me parece que seja isso que está proposto pois não?
eventualmente falar daquela proposta que o José Silva fez do “transminho”
Traçado litoral Porto-Minho-Vigo
http://norteamos.blogspot.com/2007/06/traado-litoral-porto-minho-vigo.html
http://norteamos.blogspot.com/2008/01/porto-minho-vigo-com-muita-cidadania.html

8. linha do douro
potencialidades. perceber entraves à sua modernização
perceber proposta => direccionada mercadorias?
utilizadores potenciais? leixoes? salamanca?

9. acessibilidade sul douro
tenho ouvido várias vezes referir que a sul do douro os estrangulamentos são muito grandes. é assim?
como os resolver com as infraestruturas actuais? acoplamento de pendulares? soluções tipo fertagus (2 andares) ou só mesmo com novas infraestruturas?
nova travessia ferroviária douro?

Outros links consultados

Em defesa duma ligação… “… ferroviária moderna entre o Porto e a Galiza”
http://norteamos.blogspot.com/2007/09/em-defesa-duma-ligao.html

Estratégia de desenvolvimento dos transportes no Norte de Portugal
http://norteamos.blogspot.com/2007/05/estratgia-de-desenvolvimento-dos.html => josé silva
http://www.maquinistas.org/

http://norteamos.blogspot.com/search?q=Reabrir+ao+Tr%C3%A1fego+Ferrovi%C3%A1rio+o+Douro+Internacional

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7 Respostas to “Conversa com António Alves – guião”

  1. Nuno Quental Says:

    Viva
    Sugiro uma abordagem tb aos suburbanos e como poderiam ser melhorados para captar mais clientes. Exemplos: mais comboios com serviços rápidos, ligação Braga-Guimarães, resolução de estrangulamentos existentes.

    Abraço

  2. José Silva Says:

    Viva Vitor !

    1. A ideia de um Transminho (Viana-Barcelos-Braga-Guimarães-Vizela-Felgueiras-Amarante-Marco de Canavezes), na minha opinião merece relevo. Aproveitar linhas existentes e criar cerca de 60 km de novas iriam servir 800000 residentes e fomentariam o desenvolvimento económico via redução de custos de transporte. Um extra: Seria investimento a Norte fora do Porto.

    2. Relativamente ao Metro do POrto, sugiro que o António discuta a ideia de uma linha Campanhã-Campo Alegre via ramal da alfandega e transformação da linha histórica marginal como aqui sugiro: http://norteamos.blogspot.com/2008/09/expanso-low-cost-do-metro-do-porto.html

  3. vitorsilva Says:

    obrigado pelas ideias, vou tentar enquadrá-las no guião existente.

  4. helder Says:

    A minha questao, para a ferrovia do Norte, porque o comboio de Alta velocidade espanhol entre Madrid e Galiza nao para em Bragança com ligaçao por comboio normal entre Bragança e Porto?
    Porque nao esta prevista nenhuma ligaçao por comboio entre Porto-Bragança e uma cidade espanhola onde pare o comboio de Alta velocidade entre Galiza e Madrid?
    Estamos a perder oportunidades unicas de desenvolvimento para a Regiao Norte.
    Espero que quem faça os planos da ferrovia no futuro pense na cooperaçao transfronteiriça.

    Outra questao: Porque nao existe um Passe Ferroviario para o Norte de Portugal?
    Porque a CP vende o passe entre Porto e Pocinho a 225 euros por mes, ou Porto-Tua a 207 euros por mes, se estes preços nao sao de passes sociais e o utente ainda tem que pagar a parte os transportes urbanos da area metropolitana do Porto.
    POrque a CP vende o passe entre Porto e Regua a 166 euros por mes, entre Porto e Viana do Castelo a 143 euros/mes e entre Porto e Valença a 182 euros por mes, se por este preço praticamente ninguem compra o passe?
    Nao seria preferivel que quem paga mais de 100 euros por mes de passe a CP (1200 euros/ano), pudesse utilizar sem limites os comboios urbanos, regionais e interegionais na Regiao Norte.
    E por mais 20 euros pudesse ainda utilizar os transportes urbanos das cidades aderentes?

    Com este passes de valores exorbitantes, os nortenhos que vivem em regioes mais afastadas dos grandes centros urbanos sao prejudicados e existe uma tendencia a migraçao para proximo dos centros urbanos.

    Transportes publicos teem um papel social de aproximar as oportunidades, emprego, formaçao e os portugues entre si.

    Um Passe Regional para a Regiao Norte, com integraçao entre os transportes urbanos das cidades aderentes e a Rede CP do Norte deveria ser uma prioridade.
    O passe mais caro deveria ser de 100 euros e dar acesso a toda a rede CP do Norte.

    A mesma logica deveria ser utilizada para a Regiao das Beiras, Alentejo e Algarve.

    Passe Regional para os transportes publicos a 100 euros que da acesso a toda a rede CP da Regiao e acesso aos transportes urbanos das cidades aderentes deveria ser criado.

    E porque nao um Passe Nacional ferroviario para todo o Pais, a 166 euros por mes (2000 euros por ano) com acesso a toda a rede CP Nacional, incluindos os intercidades.

    Deveriam existir descontos de 50% para crianças ate aos 16 anos, reformados e pessoas com algum grau de discapacidade.

    Antes de criar mais infraestruturas temos que pensar em como otimizar o uso da rede CP atual que muitas vezes nao utilizamos por falta de uma politica comercial logica e ao serviço dos portugueses que subsidiam a empresas ferroviaria Nacional.

    Nao é so o tempo que demoramos nos transportes publicos que conta. Tambem conta quanto pagamos para os utilizar. Creio que devem ser criados os passes CP regionais.

    Passes CP Nacional que ja existem em muitos paises europeus (suiça Abonnement General 160 euros/mes, austria ÖSTERREICHcard 169 euros/mes, alemanha Mobility BahnCard 100 por 350 euros/mes toda a imensa rede ferroviaria alema, suecia SJ annual Pass, belgica e outros) e por preços bem inferiores ao Passe CP entre Porto e Valença!

  5. vitorsilva Says:

    obrigado pelo contributo. ideias muito interessantes sobre a questão dos passes.

  6. helder Says:

    Se me permite desenvolver a ideia dos Passes Regional CP para o Norte e o Passe Nacional da CP.

    A ideia nao é rever toda a politica comercial da CP que esta provado que funciona para os passes sociais de curta distancia. Nos suburbios das grandes cidades quem utiliza o comboio para as deslocaçoes diarias tem um passe social da CP.

    Onde a politica de passes da CP falha é nas grandes distancias. QUem vive em Viana do Castelo, em Valença, na Regua, em Bragança tem passe? A resposta é nao porque os preços da CP sao exorbitantes com passes a rondar os 200 euros por mes o equivalente a 2400 euros por ano por 4 comboios regionais que fazem a ligaçao diariamente entre o Porto e a cidade de origem destes nortenhos.
    Os prejudicados sao os nortenhos que vivem longe dos grandes centros urbanos pois os passes sociais da CP os desconsideram.

    Em paises como a Suiça, Alemanha, Austria, Suecia, Belgica e muitos outros estableceu-se um teto maximo para o valor do passe. A partir desse valor o utente tem acesso a toda a rede regional ou Nacional pois o valor anual pago a CP é de tal forma elevado que a unica forma de compensar o utente fiel é lhe dar acesso a toda a rede e é também uma forma de nao discriminar quem vive longe dos grandes centros urbanos.

    Afinal qual é o papel social dos transportes publicos?
    Os portugueses do interior também pagam o orçamento do Estado que subsidia com milhoes de Euros a CP portanto nao devem ser discriminados no acesso a esta rede de transporte que tem um papel social importantissimo.

    Um teto maximo de 100 euros por mes para o passe Regional da CP é o maximo aceitavel abrindo as portas a toda a rede CP do Norte.(estamos a falar de meia duzia de linhas) é a pratica corrente nos paises que estableceram tetos maximos para o valor dos passes sociais, sendo que por este valor muitos paises oferecem ainda os autocarros urbanos das cidades aderentes e alguns mesmo os autocarros inter-urbanos para que o carro seja um objeto completamente dispensavel.

    Os passes da CP continuariam com a mesma forma de calculo, mas quando o valor a pagar fosse igual ou superior a 100 euros, entao o passe custaria 100 euros por mes e daria acesso a toda a rede regional da CP do Norte, sem limites.Podendo ser utilizados todos os comboios disponiveis, pendulares, Intercidades, Regionais e interregionais. Atualemente e embora os passes sejam carissimos, os utentes so podem utilizar os comboios regionais e interregionais.

    Sendo prever que pessoas que pagam passes de valor inferior a 100 euros por mes, que gastam menos dinheiro por ano na CP, escolhao este passe, de forma a beneficiar de viagens gratuitas em toda a rede CP do Norte, mas que desta forma passam a gastar mais dinheiro na CP e a beneficiar deste transporte social que é o comboio que todos subsidiamos em Portugal.

    A nivel Nacional o raciocinio nao é diferente, mas o teto maximo a pagar por um passe CP Nacional é superior. Para uma rede Nacional da CP como a portuguesa que é comparavel em extensao a rede suiça, austriaca ou belga, o teto maximo foi posto nos 169 euros por mes na Austria ÖSTERREICHcard , 160 euros na Suiça Abonnement General e 225 euros na Belgica Carte Train Reseau.
    Na Suiça o Abonnement General 160 euros/mes da acesso a todos os comboios, pendulares ou nao, a todos os barcos, autocarros, metros e elevadores, com exceçao de uns muito pocos comboios de montanha turisticos, mas onde um desconto de 50% é aplicavel.

    Estes passes que dao acesso a toda a rede CP sao ANUAIS, ou seja que estamos a falar de valor na ordem dos 2000 euros por ano que os belgas, suiços e austriacos pagam a CP para poder utilizar toda a Rede.
    Existem outros tipos de passe mais caros que dao acesso a toda a rede mas so durante um mes ou uma semana, mais vocacionados para os turistas.

    A nossa CP vende o passe entre Porto e Lisboa por 276 euros por mes com a clausula de restriçao que so é possivel utilizar o unico comboio regional que efetua a ligaçao. Estamos a falar de 3300 euros por ano para utilizar um comboio noturno que demora 6 horas a efetuar a ligaçao entre Lisboa e Porto. é aqui que a politica comercial da CP falha: Nos passes de longa distancia.

    Se a CP vendesse o Passe CP Nacional a 166 euros por mes com uma fidelizaçao de 1 ano (anuidade de 2000 euros) e que desse acesso a toda a rede CP Nacional, incluido os comboios intercidades e os Alfapendulares, quantos milhares de portugueses teriam o passe e quantas mais passageiros teria a CP? Quantos portugueses e quantas empresas tirariam partido desta rede ferroviaria que existe em Portugal?
    Qual é o papel social dos tranportes publicos?

    é preciso referir que estes passes sao anuais, mas que podem ser pagos em parcelas de 12 meses.

    A minha refleXao: Qual é o papel dos transportes publicos? A politica comercial da CP tem que ser revista pois nao podem ser usadas as mesmas formas de calculo para as pequenas como para as grandes distancias. Teem que ser introduzidos tetos maximos para o valor dos passes Regionais (100 euros/mes) e serem criados um passe CP Regional para o Norte e outro Nacional (166 euros/mes), mas em que se possam utilizar todos os comboios e nao somente os regionais e os interregionais como atualmente.
    Estamos a falar de milhares de euros por ano que as familias pagam a CP que as deve considerar como os melhores clientes e os mais fieis e lhes permitir utilizar todos os comboios disponiveis para chegar mais depressa ao destino.

  7. José Silva Says:

    Vitor,

    Questione também o António sobre isto: http://www.primeiramao.pt/wordpress/?p=1082

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