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no debate que se seguiu às intervenções de Carlos Lage, Mário Rui Silva e António Carlos Monteiro no evento Inner City, realizado em 17-abril-2009, os intervenientes respondem à provocação ” O Porto não é um polo de liberdade?” sugerindo que talvez tenha havido algum declinio da cidade provocado pela transferencia de centros de decisão, declinio da população e das actividades económicas, apontando por outro lado, que o porto pode estar melhor preparado que outras regiões do país na medida em que é talvez a regiao do pais menos dependente de empregos da função pública ou a subsidios que desincentivam o projecto empreendedor.
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Duração total – 28:51
provocação:” O Porto não é um polo de liberdade?”
- carlos lage:
- comparação sec. xix e revolução liberal. espirito portuense desvaneceu-se? não. mais resignada? sim.
- mas há no porto factores de mudança e modernidade
- declinio provocado transferencia de centros de decisão, declinio da população, das actividades económicas? talvez mas também se conquistou muito no dominio da ciencia, cultura, …
- porto precisa de uma certa insurreição, mas começa por si próprio. tem que acreditar em si.
- muito da natureza do porto passará por uma componente politica.
- regionalização é muito importante.
- espaços verdadeiramente interventivos e inovadores são espaços abertos.
- não acredito que em espaços fechados surjam sociedades criativas e livres
- relação sociedades rurais: há valores que irão voltar.
- mario rui silva:
- já não há liberais como havia qd peso do estado na economia no estado era de 3%
- aprendemos com os erros do liberalismo exacerbado
- economia portuguesa tem algum excesso de estado e de mecanismos que drenam os recursos para actividaes de bens não transacionáveis
- empresas na bolsa: utilities (não estão na concorrência internacional); bancos (excepção de alguns segmentos estão em sectores abrigados à concorrência internacional)
- essas actividades que são importantes mas que não estão na frente da competitividade porque estão em sectores abrigados ou de suporte não estão concentradas no porto.
- se a isso chamarmos uma economia “iliberal”, o centro da economia “iliberal” não está no porto.
- necessário criar mecanismo que orientem recursos para esses sectores transaccionaveis
- um dos nossos problemas a nivel de inovação é não estarmos suficientemente orientados para o mercado
- faz-se muita inovação e depois não se pensa em fazer disso um negócio
- falta empreendedorismo
- todos os casos de sucesso em inovação mostram que é preciso um impulso público para que um sistema local / regional de inovação tenha sucesso
- vantagens comparativas (david ricardo) vs vantagens competitivas (michael porter) => construção de vantagens competitivas / vantagem competitiva construido
- porto pode estar melhor preparado que outras regiões do país, é talvez a regiao do pais menos rent-seeking, menos dependentes de rendas de situação associadas a rendimentos permanentes de empregos da função pública ou associados a subsidios permanente que desincentivam o projecto empreendedor
- porto pode vir a ter um papel liderante ou pelo menos tão liderante quanto o triângulo ist – tagus park – ministerio da economia que tem uma capacidade de acesso a recuros publicos muito grande que também tem capacidades técnicas importantes.
- antónio carlos monteiro:
- se o porto está á espera do impulso publico para a inovação para resolver o seu problema de competitividade as coisas não vão correr bem e se o porto está à espera que a solução venha de lisboa (e a reginalizção também vem de lisoa) isso também não será solução
- se a inovação não vier da sociedade civil não haverá competitividade e criatividade
- importância do contexto
- esta crise mostra que não é possível criar riqueza sem esforço e sem mérito
Etiquetas: inner city
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